domingo, 30 de dezembro de 2012

Fome animal

(Metáfora)


Vai dando a hora do almoço e o estômago da fera ronca, praticamente implorando por comida. Apesar de se alimentar todo dia, parece que a criatura não come nada há dias. Os olhos estão vidrados, como que em estado alterado de consciência... Fora de si!

Poucos segundos olhando para os lados e o ser já sabe o que lhe apetece mais naquela tarde... Bela escolha! Suculenta, carnuda, apetitosa; vai ser uma caça e tanto! Indo direto ao ponto, a fera ataca. Usando as patas, grunhindo ferozmente e de olhar vidrado, ela consegue o que quer. Falta de sorte a da caça, que já tem ideia de qual é o seu futuro...

Os olhos da criatura brilham, a boca começa a salivar. Enfim é chegado o tão desejado momento de saciar essa fome, essa vontade... A primeira mordida parece a mais desesperada. Delicioso é o sabor da carne, um sabor sem igual. De forma desvairada, a besta selvagem arranca pedaço atrás de pedaço, enche a boca e não consegue nem terminar de mastigar para já dar uma nova mordida na sua presa.

Em minutos – talvez segundos? – a fera termina a sua refeição... Ofegante, estufada, saciada... Somente pelas próximas horas.

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