terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Balanço 2017: as metas que não cumpri


A cada final de ano, o ser humano tem o costume de definir uma meta para perseguir ao longo dos próximos 12 meses. Emagrecer, começar a namorar, mudar de emprego, economizar... Eu, num lapso de sanidade, decidi criar 100 metas para 2017. Isso mesmo: não uma, mas cem. Óbvio que não deu muito certo.

Chamar de meta talvez seja exagero: uma boa parte delas equivalia a atividades que eu gostaria de terminar o ano com um "check" ao lado. Já outras eram realmente complexas...

O que realmente deu certo?
  • Deu certo a ideia de ir 12 vezes ao cinema ou teatro - e reparei que, por 4 vezes, fui sozinha e amei a experiência. Que aconteça cada vez mais, pois preciso ser mais independente de companhia para me divertir!
  • E sobre conhecer 12 novos lugares de SP? Esse foi simples: foram 16 cantinhos visitados pela primeira vez, entre bares, restaurantes e espaços para eventos.
  • Ser promovida ou mudar de emprego: aconteceu o segundo. Futuramente comento melhor, pois não ando muito satisfeita como o rumo que a vida profissional tomou. Também não estaria se tivesse ficado onde estava. Mixed feelings sobre minha carreira, como sempre.
  • Quanto ao bônus, o plano era receber e destinar R$ 7.000,00 para pagar o apartamento: devidamente realizado, com muita dor no coração. Vida adulta, como te odeio.

O que deu meio certo?
  • A ideia era participar de 4 corridas de rua, mas só rolaram 3. Quero melhorar ano que vem, mas sem pressão...
  • Também queria ter ido a 6 shows, mas só fui a 4 (todos nacionais e maravilhosos, aliás!).
  • Já as 12 viagens se tornaram apenas 7, mas muito bem aproveitadas. Ano que vem, a ideia é "começar mais cedo" - pois, este ano, passei a viajar somente a partir de julho.
  • Definir um curso de mestrado, país e próximos passos: confesso que só comecei a olhar para isso na última semana. Será a França, já que é possível cursar um Master sem custos. Já selecionei alguns temas de estudo que me interessam, inclusive. O próximo passo é fazer a rematrícula no curso de francês, né... Sem comprovar B2 no exame de proficiência, nada feito. É isso ao longo de 2018 para, ao final dele, começar o application - com foco em viajar no mês de setembro de 2019.
  • E por falar em francês: eu deveria ter feito dois módulos do curso, em janeiro e em julho. Só rolou o primeiro - enquanto o segundo aguarda 2018...
  • Eu deveria ter feito dois novos cursos, mas a falta de tempo e de energia me consumiram. Agora em dezembro comecei dois: "Curso de Produção de Conteúdo para Web" e "Marketing Digital", sendo que o segundo ainda estou no começo.
  • Já as aulas da Escola Aprendizes do Evangelho eu comecei bem, estava firme, mas praticamente desisti no último mês. Não sei bem explicar o que provocou a falta de motivação, mas quero entender melhor no ano que vem (já que são 3 anos de curso).
  • Em maio, minha meta era fechar o mês no verde. Estava com as finanças bem bagunçadas e o incentivo era conseguir dar conta de não dever nada a ninguém (especialmente ao banco, né). Deu certo ali, mas logo a bola de neve me alcançou de novo e me embananei outra vez. Vermelho novamente! E a previsão de me reorganizar é só lá por abril de 2018.

O que não deu certo de jeito nenhum?
  • Queria ter visitado alguns médicos e afins, mas não passei nem perto do consultório do ortopedista, do ginecologista, do dermatologista, do otorrino, do dentista ou fiz exame de sangue.
  • Previdência Social: devido à desordem financeira, não comentarei...
  • Doação de R$ 500,00 para caridade: querer eu queria, mas com esse vermelho todo, simplesmente não aconteceu. E eu estou bem envergonhada de perceber que nem pensei na possibilidade de substituir isso por uma ação presencial...
  • Foco em mim: de 4 limpezas de pele, só fiz uma no início do ano, e nem dei bola para a ideia de fazer uma massagem no meu aniversário. Também ignorei a vontade de fazer uma nova tatuagem com louvor!
  • O que também ficou para a próxima? Começar a andar de bike, aprender a nadar, assistir todos os episódios de Friends em inglês, saltar de paraquedas, tirar carta de motorista e montar um quebra-cabeças gigante.
  • De 12 livros, eu só concluí 4 (e tem dois inacabados que provavelmente não terminarei esse ano)... Foi bem feio!
  • E os míseros 12 posts no blog? Com este aqui, foram 3. Tanta coisa aconteceu, havia tanto para se compartilhar... Quem sabe melhoro no ano que vem, né?

Saldo: 52 metas atingidas. Mas já não sei se quero definir metas para 2018...

360 - A vida é um círculo perfeito


Hoje eu assisti a um filme que me deixou pensativa... Quais as possibilidades de você cruzar com alguém na rua, sem ao menos ver seu rosto, mas ter seu dia completamente mudado por causa de uma atitude ou decisão tomada por essa pessoa alguns minutos antes? O quanto estamos conectados uns aos outros e influenciamos destinos aleatórios, sem nos darmos conta disso?

Uma decisão simples, impensada, pode significar muito para alguém. Um elevador que você não segura para o jovem de camisa amassada pode atrasá-lo para uma entrevista de emprego, causar má impressão ao recrutador e isso ocasionar numa negativa. E quem imaginaria que, tão novo, ele tem mulher e filhos para sustentar.

As pessoas que você conhece, dizem, não passam pela sua vida por acaso. Cada uma delas tem um papel definido, como numa peça de teatro. Pode ser um figurante - que você mal nota a presença, mas cuja ausência faria diferença na cena; ou o vilão que dificulta seu dia a dia, mas te fortalece e faz encontrar novos e melhores caminhos; quem sabe um anjo encarregado de lhe soprar uma dica ou indicar possibilidades. Infinitas possibilidades e interferências.

O aprendizado que fica - e que eu enxergo como um desafio bastante complexo - é aprender a ser mais consciente. Pensar mais no outro, mesmo quando o foco é a gente. É preciso lembrarmos que, como num efeito dominó, alguém sofre consequências pelo que decidimos fazer. Me faz refletir sobre quantas vezes eu acatei minhas vontades egoístas sem pensar se faria alguém sofrer, assim como também me faz lembrar de momentos em que me dediquei a alguém e pude mudar positivamente uma vida.

Mais importante, porém, é lembrar que tudo isso se trata de um círculo: o que você faz hoje, de um jeito bom ou não tão bom, volta para você.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Eu não quero mais ficar aqui


Das sensações mais esquisitas que um ser humano pode ter, certamente o deslocamento é uma das mais inexplicáveis. Mudar de escola e não conhecer nenhum coleguinha; estar num evento de família e não ter ninguém da mesma idade para conversar; presenciar uma briga feia dos pais; ir para a balada com um grupo de amigos e sobrar no meio dos casais; não ter assunto numa roda de bate-papo sobre aquela nova série do Netflix que só você não viu... Dá uma certa angústia só de pensar na possibilidade.

Para a maioria das situações, o que nos traz algum alívio é o fato de que “é temporário”, “vai passar”. Pode ser meia horinha ou uma noite inteira, mas tem fim. Obviamente que vamos ficar remoendo aquele sentimento de amargura por algum tempo, mas o importante é que já estamos livres. Mas e quando a sensação de deslocamento é no seu próprio trabalho?

As discussões sobre a importância de encontrar seu propósito estão cada vez mais fortes – e eu particularmente acho que elas merecem sim todo esse espaço. Encontrar prazer naquilo que fazemos durante um terço da vida, ou mais, é fator determinante para a nossa felicidade e bem-estar. Quando não encontramos, nos sentimos deslocados – e isso vai crescendo, crescendo, crescendo até tomar proporções muito piores.

A verdade é que, quando coloquei meus pezinhos pela primeira vez no escritório onde trabalho hoje para participar da entrevista, não necessariamente meus olhos brilharam. Não era o ambiente que eu queria (visualmente falando), não me senti acolhida durante a conversa e, ao aceitar o convite para trabalhar, eu não dava pulinhos de alegria. Me vinha, lá no fundo, a pergunta: “mas você tem certeza?”.

Aceitei, confesso, porque tinha mudado de função na empresa anterior e não estava curtindo muito. As novas tarefas eram chatas, especialmente em comparação com a função anterior – e lembro bem que, mesmo trabalhando até meia noite e tendo uma chefe histérica, eu sentia prazer no que fazia. Obviamente que a louca me tirava realmente do sério, mas eu nunca pensei em pedir demissão (queria mesmo é que ela saísse, né!). A vontade veio quando me “deram novos desafios” – maior mentira, pois eu estava há 9 meses aprendendo algo totalmente novo e a função imposta consistia em repetir o que eu já havia feito por quase 4 anos.

Daí que eu acho que, na ânsia de fugir de lá, eu troquei seis por meia dúzia. E não me encontrei nunca mais. Me desloquei.


sábado, 11 de abril de 2015

Largo tudo


Perdi a hora de voltar para o trabalho
Voltei pra casa e disse adeus pra tudo que conquistei
Mil coisas eu deixei
Só pra te falar
Largo tudo
Se a gente se casar domingo
Na praia, no sol, no mar...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Um início de ano para repetir por 365 dias


As pessoas costumam acreditar que a passagem de um ano para outro tem o poder de trazer mudanças positivas para suas vidas. Eu não duvido disso, só penso que 90% das mudanças dependem de uma ação proativa e o resto é questão de sorte e destino.

Meus primeiros dias do ano foram completamente diferentes em comparação ao mesmo período de 2014, tudo resultado de decisões e escolhas minhas.

Os primeiros minutinhos do ano foram lindos. Pé na areia, fogos, pessoas incríveis ao meu lado, abraços sinceros e amigos, sem nenhuma preocupação ou sentimento triste no ar. Foi um instante único, de pura contemplação e nada mais. Nem mesmo tempo para reflexão houve: foi tudo acolhedor demais para dar tempo de pensar em algo.

Para começar 2015 com tudo, fizemos uma trilha super gostosa pela Floresta da Tijuca. Como prêmio, a Cachoeira das Almas: pequena, gelada, refrescante e revigorante. De alma lavada e com as energias renovadas, fechamos o dia.

E por que não fazer uma nova trilha no segundo dia do ano? Uma amiga me ensinou que ver uma tartaruga no dia 2 de janeiro dá sorte, então fomos em direção à Pedra da Tartaruga, próxima à Praia do Perigoso. Difícil de chegar, mas o prazer da superação vale a pena. Ao final da trilha, um mar paradisíaco. Vontade de voltar? Quase decidi virar hippie e ficar por ali mesmo.

Estou com alguns planos em mente, ainda confusos, mas muita coisa boa virá disso. ;)